Brasileiros são deportados de Madri. Jean Charles morre na capital inglesa. Esses são alguns dos mais conhecidos casos de brasileiros que são injustiçados no exterior. No dia 14 de Março, a ISTOÉ publicou uma matéria sobre o assunto, e dentre os brasileiros maltratados no estrangeiro, um grupo de amigos que foram passar férias nas paradisíacas praias das Bahamas. Parece moda banir brasileiros. Mas, e no caso da bacharel em direito Paula Oliveira, o que realmente aconteceu? Ela foi agredida ou agrediu moralmente os suíços, acusando-os de neonazismo? Conforme o jornal suíço Weltwoche, Paula confessou à polícia que não estava grávida e teria assinado uma confissão. Em relação aos ferimentos em seu corpo, as autoridades local não descartam a possibilidade de autoflagelo.
Ao contrário do que a mídia brasileira afirmou:
Ao contrário do que a mídia brasileira afirmou:
Incontestável é o fato da mídia, em especial a hegemônica Globo, ter afirmado, categoricamente, que Paula foi surrada por três jovens xenófobos. E incoerente é a mesma emissora dizer completamente o contrário e ser taxativa no domingo, 22 de Fevereiro, na matéria "Fantástico revela como vivia Paula Oliveira" ao dizer que quem se automutila sofre de algum distúbio psicológico. "As fotos mostram a barriga forçadamente curvada", afirma a reportagem do Fantástico. Porquê não fizeram estes questionamentos antes de noticiarem? Jornalismo volúvel e irresponsável.
Furo de reportagem
"Filho feio não tem pai", já dizia a máxima popular. Sentença confirmada pela mídia na história da advogada. Agora, todos querem saber, quem é o responsável por essa "barriga"? A mídia brasileira publicou, “Brasileira é vítima de xenofobia na Suíça”, “Jovens neonazistas marcam o corpo de brasileira”, mas laudos médicos e policiais da Suíça provam o contrário. Outra vez, divulgaram uma acusação sem checá-la. Quem assumirá o erro?
Em 1994, foi manchete o conhecido caso Escola Base, de São Paulo. Maria Aparecida Shimada e seu marido, Icushiro Shimada, foram acusados injustamente de promoverem orgias com menores na escola infantil que mantinham no bairro da Aclimação.
Em 1994, foi manchete o conhecido caso Escola Base, de São Paulo. Maria Aparecida Shimada e seu marido, Icushiro Shimada, foram acusados injustamente de promoverem orgias com menores na escola infantil que mantinham no bairro da Aclimação.
Imagem extraída de JorWiki, síndrome da vilania.
O governo de São Paulo teve que pagar a família cem salários mínimos por danos morais. Uma outra atitude leviana fez o Correio Brasiliense dar em primeira página "O Correio errou". É hora de nossas redações discutirem sobre a primazia da mídia canarinho, informar ou dar furos? A corrida pela informação é o pretexto que maquia a vaidade do nosso jornalismo. Se as coisas continuarem como vão, ao invés de quarto poder, poderemos chamar nossa imprensa de Sr. Barriga. O pior é que neste exato momento toda a mídia acusa a jovem pernambucana de mentirosa. Mas, e se, quiçá, ela realmente disse a verdade? Será uma barriga de gêmeos.