Imagem extraída de systemsfox.com.br
O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, outorgou o acordo da reforma ortográfica de nossa língua vernáculo, aprovado dia 21 de Janeiro de 2001 pela Câmara dos Deputados. O acordo entrou em vigor no dia 1º de Janeiro deste ano.
Já haviam sido feitos três acordos oficiais, aprovados pelos países falantes: o de 1943, o de 1971 e o de 2009. O grande objetivo do novo acordo entre os países que falam a Língua Portuguesa – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste – é dar mais visibilidade ao idioma no cenário internacional, uma vez que a uniformização possibilitará maior inserção dos referidos países nos mercados mais desenvolvidos e o estabelecimento da língua portuguesa como um dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). Ainda, a ortografia-padrão facilitará o intercâmbio cultural entre os países que falam português.
Segundo dados da Comissão dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o português é a 6ª língua mais falada no mundo. Com a unificação, ela poderia atingir patamares ainda mais altos. Isso valorizaria o idioma.
Portugal
Porém, no dia 5 de abril, em comunicado divulgado pela agência lusa, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros de Portugal (APEL) condenou o novo acordo ortográfico entre os países de língua portuguesa. Conforme eles, ainda não é tarde demais para se evitar uma catástrofe, pois, certamente, o acordo ortográfico não serve a Portugal. Na opinião da associação, ao contrário do que é dito pelos defensores do acordo, não se considera a aproximação das diversas variantes do português, mas sim a consagração das diferenças naquilo que é fundamental - a sintaxe, a semântica e o vocabulário -, com clara vantagem para a variante do Brasil.
Analfabetismo
Enquanto é discutido como ficará a grafia 'portuga', aqueles que sequer sabem assinar seu próprio nome permanecerão da mesma forma. Pois, para um iletrado, a reforma não significa exatamente nada.
Ao invés de criar novas regras, seria melhor proibir o analfabetismo. Quem sabe assim a língua portuguesa não teria uma cara melhor.
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